Universidade Federal de Minas Gerais

Diálogos e narrativas na rede: a expressão do gênero na cibercultura

Datos Generales
Colaboración, entornos y conocimiento mediados por tecnología
Disertación teórica
Licenciamiento Creative Commons
Atribución-CompartirIgual
Comunicación

Fábio dos Santos Coradini

Grupo de Pesquisas Texto Livre: Semiótica e Tecnologia, Universidade Federal de Minas Gerais

 

INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca analisar como as narrativas referente as questões de gênero estão sendo construidas nas interfaces digitais, em especial na rede Youtube, entendendo essas ações como uma manifestação política, social e científica na cibercultura. Em um primeiro momento, será apresentado um referencial teórico capaz de teorizar diálogos sobre o gênero disponíveis em espaços digitais de grande concentração online de indivíduos, contextualizar os conceitos da cibercultura dentro do campo de atuação e promover a análise de discurso das diversas narrativas apresentadas no decorrer do desenvolvimento do estudo.

Baseando-se nas transformações da cultura de acesso a virtualidade, torna-se possível acerca dos impactos sociais compreender o quanto estar conectado tornou-se uma forma de evidenciar papéis sociais. A vista disso,  podemos afirmar que o ciberespaço como interlocutor da comunicação precisa ser habitado, explorado, vivenciado, investigado e acima de tudo compreendido. As redes de conexão digital funcionam como um campo de divulgação das mais diferentes temáticas, entre eles iremos destacar as narrativas de gênero construídas nas mais diferentes orientações teóricas e que fundamentam a existência de muitos grupos que se encontravam ocultos socialmente, como por exemplo, as comunidades LGBTIQ+. Para além das questões que norteiam as características das comunidades, o propósito deste trabalho se fundamenta em propor um olhar e compreender esse fenômeno no campo da cibercultura.

 

JUSTIFICATIVA

            Nesse campo de possibilidades, a cibercultura segundo Santos (2009), vem promovendo novas possibilidades de socialização e aprendizagens mediadas pelo ciberespaço e, no caso específico da educação, pelas interfaces digitais de aprendizagem. Ainda, de acordo com a autora “o ciberespaço é muito mais que um meio de comunicação ou mídia. Ele reúne, integra e redimensiona uma infinidade de mídias [..]. A rede é a palavra de ordem do ciberespaço. O genêro construído na cibercultura, se estabelece em um diálogo com os corpos físico e digitais presentes nesta relação, ou seja, de acordo com Louro (2000, p. 6) “os corpos ganham sentido socialmente, e dessa forma, a inscrição dos gêneros — feminino ou masculino — nos corpos é feita, sempre, no contexto de uma determinada cultura e, portanto, com as marcas dessa cultura. Louro (2000, p. 7) continua afirmando que com as possibilidades da sexualidade — das formas de expressar os desejos e prazeres — também são sempre socialmente estabelecidas e codificadas. Em contrapartida, as identidades de gênero e sexuais são, portanto, compostas e definidas por relações sociais, elas são moldadas pelas redes de poder de uma sociedade.

           

OBJETIVO

            A presente pesquisa tem por objetivo analisar o fenômeno das questões que norteiam as relações de gênero, sua identidade e expressão no campo da cibercultura, construída através de diálogos e narrativas nas interfaces digitais.

 

DESENVOLVIMENTO

            “Nasci menino, nasci menina” e quem define esse nascimento é a sociedade e o tempo ao qual estamos inseridos, olhamos assim para o órgão genital para sermos enquadrados como homem ou mulher. Butler (2015) afirma que a cada um de nós é atribuído um gênero no nascimento, o que significa que somos nomeados por nossos pais ou pelas instituições sociais de certas maneiras. Para a compreensão das análises das narrativas de gênero na cibercultura, faz-se necessário entender questões peculiares sobre o direcionamento da base teórica no processo investigativo. Quando falamos de narrativa, temos de esclarecer o seu significado. De acordo com Stephens (1992), esta constitui-se a partir da imbricação de três componentes: História – abrange as personagens envolvidas em determinados acontecimentos, num espaço e tempo determinados e possibilita uma primeira interpretação do que é contado; Discurso – forma específica como qualquer história é apresentada; Significação – uma interpretação de segundo nível que o ouvinte/leitor/espectador obtém a partir do inter-relacionamento da história e do respectivo discurso.

            Compreender o ciberespaço e sua relação com o gênero, nos propicia entender quem são os corpos que se apresentam para a cocriação desses diálogos que são capazes de promover mudanças sociais. Através destas expressões no ciberespaço, que também pode ser chamado de “rede” (LEVY, 1999, p. 14). Para entender o fenômeno dos diálogos de gênero e suas performatividades na cibercultura, nos permitirá compreender as narrativas construídas a partir das vivências experimentadas e praticadas no cotidiano, assim como os personagens de sua constituição. Para além do digital, as práticas são vivenciadas e espelhadas em uma ótica

no ciberespaço, fundamentada por importantes questões, como a sua propagação em rede. Estas histórias precisam ser catalogadas, registradas e etnógrafadas.

 

CONCLUSÃO

Para que possamos entender o fenômeno dos diálogos de gênero e suas performatividades na cibercultura, precisamos nos permitir a compreender as narrativas construídas a partir das vivências experimentadas e praticadas no cotidiano praticado nas interfaces digitiais, como por exemplo os canais temáticos do Youtube, assim como os personagens de sua constituição. Para além do digital, as práticas são vivenciadas e espelhadas em uma ótica no ciberespaço, fundamentada por importantes questões, como a sua propagação em rede. Estas histórias precisam ser catalogadas, registradas e etnógrafadas.

 

PROPOSTA

A proposta desenvolvida analisa como as narrativas construídas perante o gênero na cibercultura são apropriadas para os debates contemporâneos. A referida proposta de estudo se fundamenta no sujeito que se encontra disponível na rede, com construção de falas apropriadas, acessíveis e de formação social, que ao serem estudadas são capazes de nortear os cortes epistemológicos nos discursos em um deteminado tempo histórico. As performances do gênero no palco da cibercultura se fundamenta no pertencimento, ou seja, para existir precisamos pertencer a algum lugar, comunidade, espaço, família, território, e analisando diretamente a realidade de homossexuais, lésbicas, travestis e transexuais, essa lacuna ainda de perfaz em muitas vidas. Em contrapartida, o digital se estabelece como objetivo de existência, de estudo das relações de gênero, da identidade de gênero e de suas expressões, dialogando com as diversas construções históricas e sociais na espaço cibercultural.

 

REFERÊNCIAS

Butler, J. (2015).Conferência Magna do I Seminário Queer: cultura e subversões da identidade. São Paulo, Brasil: Sesc Vila Mariana. https://youtu.be/TyIAeedhKgc.

Lévy, P.  (1999).Cibercultura.Editora 34.

Louro, Guacira Lopes (2000). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Autêntica.

Santos, Edméa. (2009). Educaçaõ Online para além da EaD: um fenômeno da cibercultura. Braga, Portugal:  Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. https://www.educacion.udc.es/grupos/gipdae/documentos.

Stephens, J. (1992).Language and ideology in children's literature. Longman Publishing.

Recursos Educativos Abiertos en la educación brasileña: una mirada en los documentos oficiales y en la práctica docente

Datos Generales
Recursos Educativos Abiertos
Reporte de investigación
Licenciamiento Creative Commons
Atribución-CompartirIgual
Comunicación

Elaine Teixeira da Silva

Lingüística AplicadaUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

INTRODUCCIÓN

La propuesta tiene como eje verificar si los Recursos Educativos Abiertos (REA) están en la práctica de los docentes brasileños, y para eso se presenta una encuesta con profesores sobre la producción de materiales, el uso de REA y las licencias abiertas Creative Commons. La pesquisa fue un levantamiento para el curso “Líder Educação Aberta” ofrecido por el Instituto Educa Digital y la UNESCO. El marco teórico está basado en los documentos oficiales brasileños: el “Plano Nacional de Educação” (PNE) que en 2014 trazó elas Metas 5 y 7 estrategias para al inclusión de los REA en la enseñanza y aprendizaje de los estudiantes y también ela formación docente - con plazo para que se cumpla hasta 2024 -y la “Base Nacional Comum Curricular” (BNCC) que define competencias y habilidades para la Educación Básica brasileña e incentiva la utilización de las tecnologías digitaleeel proceso educativo. Tambn se buscó apoyo en los documentos gubernamentales como la ONU y la UNESCO.

También es importante decir que el Ministerio de la Educación y Cultura (MEC) en 2018 definió criterios para la implementación de los REA y su distribución en plataformas y programas oficiales del Ministério de la Educación, como por ejemplo la Plataforma Integrada MEC-RED que comparte recursos educativos. Otro importante eje del MEC para los REA es el “Guia Digital PNLD” – ese guía se relaciona con la elección de los libros didácticos por los profesores - que tiene un capítulo sobre REA abordando la importancia que ellos tienen en el fomento de la educación inclusiva, equitativa y de calidad.

MÉTODO

Los documentos oficiales que nortean la educación brasileña tienen propuesto que en todo el proceso de enseñanza sean insertados medios que conlleven el estudiante de la Educación Básica a una formación completa: curricular y multicultural, siendo las tecnologías digitales y los REA las herramientas que pueden contribuir para que la educación sea inclusiva, equitativa y de calidad. El MEC en 2018 publicó la portaría 451 que específica sobre los recursos educativos abiertos para definir “critérios e procedimentos para a produção, recepção, avaliação e distribuição de recursos educacionais abertos ou gratuitos voltados para a educação básica em programas e plataformas oficiais do Ministério da Educação” (MEC, 2018, p. 1).

En 2014 el PNE trazó 20 metas y estrategias para la educación en Brasil, y en las metas 5 y 7 vamos encontrar estrategias de incentivo a lo uso de REA y tecnologías digitales, a ver en la estrategia 5.3: “selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais [...] devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, como recursos educacionais abertos” (PNE, 2014, s/a, s/p); vamos encontrar en la 7.12) “[…incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos” (PNE, 2014, s/a, s/p).

Para constatar como los profesores están aplicando las directrices sobre la implementación de los REA, se aplicó una encuesta1 con algunas preguntas referentes a los recursos educativos abiertos. El estudio fue hecho con 52 profesores de diferentes áreas del conocimiento y que están actuando en clases, y para la pesquisa se utilizó el Google Forms para colecta de las informaciones.

La encuesta tendría nueve preguntas sobre los REA, derechos del autor y licencias abiertas Creative Commons.

RESULTADOS

De las nueve preguntas se presentan cinco de ellas: 1) si ellos sabían lo que es un recurso educativo abierto y la mitad de los profesores dijeron saber lo que es un REA y otra mitad que no sabían que es un REA; 2) si ya produjeron un REA y 80% respondieron que no; 3) si conocían las licencias abiertas Creative Commons 73,1% dijeron que no; 4) si ya usaron algún REA y 48,1% respondieron que sí; 5) dónde comparten los materiales que producen y la mayoría dijo Google Classroom.

De acuerdo con Vladimirschi (2020) soportes para la capacitación docente serían una de las soluciones para que los bajos índices puedan dar lugar a un número más grande de profesores que utilizan y también utilicen REA. Se puede, segundo la autora, apuntar los siguientes factores:

a) Oferecimento de treinamento prático, com exemplos claros e instruções passo a passo sobre os 5R de REA, licenças abertas ou Creative Commons; b) Incorporação gradativa de REA no programa, associando-o com práticas profissionais; c)Uso de ferramentas disponíveis no sistema escolar em combinação com dispositivos móveis; d) Desenvolvimento das habilidades digitais dos professores; e) Ajudar os professores na criação de wikis para compartilhamento de REA com outras escolas; f) Fornecer suporte contínuo ao facilitador para capacitação progressiva dos professores fortalecendo a autonomia e a confiança deles no uso de REA; g) Estimular os que não participaram da capacitação a observar as ações dos colegas que participaram (Vladimirschi, 2020, p-p. 177-178).

CONCLUSIÓN

Lo se que se puede concluir es que aún falta por parte de los profesores conocimiento sobre lo que es un REA mismo diciendo saber lo que es. Otro punto que se constató es que ellos ya producen materiales y los comparten en los medios digitales, pero no utilizan las licencias abiertas.

Se espera que los profesionales de la educación busquen más informaciones sobre los REA y así cumplir lo que el PNE propuso para la Educación en Brasil. Por lo tanto, el incentivo a la formación de los profesores quizá sea la solución para que se cumplan las propuestas de implementación de los REA en la enseñanza brasileña.

1https://forms.gle/vSY1ehnCGjA6xuJR7

 

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