Universidade Federal do Delta do Parnaíba

Promovendo ações sobre inovação educativa em uma universidade pública brasileira

Brunno Ewerton de Magalhães Lima,Thayz Costa Mesquita,Rafaela Oliveira dos Santos,Marcilene Araújo Dias,Reinaldo Leandro Gomes de Aquino,Algeless Milka Pereira Meireles da Silva (2020) Promovendo ações sobre inovação educativa em uma universidade pública brasileira . En: Segundo Encuentro En Línea CHAT: Ciudadanía y mediación digital. . Extenso de congreso. Recuperado de: https://elchat2.edusol.info/elchat/extenso/promovendo-acoes-sobre

Tipo de trabajo extenso
Reporte de práctica
Resumen

O presente relato tem como objetivo compartilhar experiências sobre a implementação e volta do ensino híbrido-presencial de uma universidade pública brasileira. O programa extensionista foi focado no desenvolvimento de habilidades e competências digitais para o público-alvo de discentes, docentes e comunidade acadêmica para o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) com sentido educativo. Tendo como prisma teórico o marco de uma sociedade da informação e conhecimento, que atua na construção de uma identidade de aprendiz, na mediação das TDIC como ferramentas intra e inter psicológicas para ensinar e aprender. Neste sentido, as atividades foram realizadas no contexto da volta do ensino híbrido e presencial, utilizando como metodologia das ações o campo virtual e presencial, seguindo os protocolos e normas sanitárias de biossegurança da instituição. Posto tal, os resultados obtidos demonstram como é necessário e constante programas que atuem no campo da inovação educativa e suas interlocuções psicossociais, tendo como referência uma universidade federal pública no Brasil. Para além dos resultados, frisa-se o valor formativo que o programa proporcionou aos bolsistas e suas reflexões e saberes a serem compartilhados e conectados.

 

 

 

Idioma
Por

Sociedade da Informação: Identidade de Aprendiz como ferramenta Interpsicológica para êxito académico

Datos Generales
Políticas institucionales para el uso de la tecnología educativa
Reporte de práctica
Licenciamiento Creative Commons
Atribución-CompartirIgual
Comunicación

Brunno Lima1

Thayz Mesquita2

Rafaela Santos3

Marcilene Dias4

Reinaldo Aquino5

Algeless Silva6

Departamento del curso de Psicología (UFDPar)1,2,3,4,5,6

 

¿CUÁLES SON LOS ANTECEDENTES?

O advento da Quarta Revolução Tecnológica e Industrial a internet remodela a multidimensionalidade e fluidez do ethos entre mundo físico e digital (Garud & Rappa, 1994; Castells, 2004; Bauman, 2013). Acerca disto, partindo do marco contemporâneo de uma sociedade do conhecimento e da informação, no campo educacional encontra-se o desafio em como tornar o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), em instrumentos intra e inter psicológicos que possam possibilitar a seus usuários atividades potencializadoras, saudáveis e com resultados positivos no processo de ensino-aprendizagem (Castells, 1999; Hakkarainen, 2009; Coll & Falsafi, 2010; Coll, 2013; Costa, Duqueviz; Pedroza, 2015).

Esse desafio se torna ainda mais presente diante do atual contexto sócio-histórico, ainda demarcado pelo ensino remoto e híbrido como estratégia de enfrentamento à pandemia no campo educativo. Por outro lado, como trata a UNESCO (2021), a volta da presencialidade traz dificuldades de adequação de discentes e docentes na sua relação entre ambientes virtuais e o meio físico de educação. Nesse âmbito, ressalta-se que um dos desafios de implementação do ensino mediado pelas TDIC no Brasil consiste no acesso, formas de uso e a pequena implementação da matriz curricular baseadas nas competências digitais, como está disposta na Lei nº 9.394 da Base Nacional Comum Curricular - BNCC (Brasil, 1996).

Diante deste panorama, o presente relato tem por objetivo compartilhar experiências acerca das ações realizadas para apoiar o desenvolvimento de habilidades e competências de discentes para o uso da TDIC com sentido educativo no âmbito de de um programa de extensão universitária levado a cabo em uma universidade pública do nordeste brasileiro.

¿QUÉ HIZO?

Compreendendo tais desafios que atravessam o momento contemporâneo, as atividades realizadas pelos extensionistas envolveram a oferta de serviços para a produção de recursos educativos digitais, elaboração e desenvolvimento de material didático e científico, e oferecimento de formação e capacitação por meio de eventos e cursos gratuitos.

¿CON QUIÉN LO HIZO?

Tendo como público-alvo a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) e outras instituições educacionais de diferentes níveis de ensino.

¿CÓMO LO HIZO?

As ações desenvolvidas no campo formativo foram eventos e cursos no âmbito do I Ciclo de Oficinas Formativas para uso das TDIC, tendo como objetivo capacitar extensionistas da UFDPar atrelados ao curso de Psicologia, sobre o uso das tecnologias como mediadores de práticas de suporte e cuidado a profissionais de saúde.

A extensão também desenvolveu e ofereceu suporte tecnológico para a realização da Live: "A importância do Enade para os estudantes e para as instituições”, organizada pela Pró-reitoria de Ensino para Graduação (PREG) da UFDPar, o evento teve o intuito de esclarecer e dar suporte a alunos da instituição que irão prestar o exame

Entre os eventos apoiados, situa-se o II Congresso de Psicologia Brasileira, organizado pelo Núcleo de Estudos Sobre Gênero, Raça, Classe e Trabalho (NEGRACT) e apoiado pelo Núcleo de Estudos em Psicologia e Inovação Educativa (NEPSIN), ambos da UFDPar. Já no campo de suporte à comunidade foram realizados atendimentos para grupos de pesquisa, núcleos de estudos tanto da UFDPar como outras instituições, que buscaram ajuda no que diz respeito ao uso das TDIC para mediar processos psicológicos e educativos. Além disso, apoiou-se a II Mostra de Profissões da UFDPar, que visa oferecer à comunidade em geral e futuros vestibulandos um panorama de cursos da instituição. Também organizou o I Curso de capacitação em procedimentos de heteroidentificação da UFDPar junto a Pró-Reitoria de Ensino para Graduação (PREG). No campo da formação está em organização o II Ciclo Formativo para Ensinar e Aprender com as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, que visa capacitar pessoas da comunidade acadêmica e sociedade em geral sobre diferentes aspectos éticos, educacionais e saudáveis do uso das tecnologias.

Ressalta-se que as ações realizadas pelo programa de extensão foram apresentadas em um evento integrativo promovido pela UFDPar, recebendo prêmio entre os melhores trabalhos que concorreram na categoria educação.

¿DÓNDE LO HIZO?

As ações realizadas foram feitas no meio virtual utilizando plataformas de reuniões como Zoom, Google Meet e plataformas de transmissão como YouTube e StreamYard.

¿QUÉ OBTUVO?

Os resultados alcançados com todas as atividades desenvolvidas do projeto nos primeiros meses do Edital Nº 01/2021, teve um impacto de cerca de 700 pessoas alcançadas diretamente de maneira síncrona e assíncrona. Partindo disso, compreende-se que tais resultados são numericamente expressivos para apenas quatro meses de vigência de atuação. Todas as atividades são avaliadas pela equipe que as organizou e pelo público participante, obtendo-se feedback animadores quanto ao aproveitamento e metodologia utilizada.

Nesse aspecto, espera-se que o trabalho desenvolvido possa oportunizar uma melhor experiência educativa no âmbito da formação universitária e em outros níveis de ensino, visando o desenvolvimento de competências digitais como dispostas em documentos oficiais, bem como no plano de qualificação e suporte para o retorno a atividades presenciais educacionais aliado ao uso da TDIC (UNESCO, 2021).

¿QUÉ VENTAJAS ENCONTRÓ?

É imprescindível ressaltar o valor formativo tanto para o público que participou das ações apresentadas quanto para os discentes e docentes extensionistas que as desenvolveram. A aprendizagem de conteúdo e o desenvolvimento de competências digitais e interdisciplinares que se derivam das experiências relatadas se fortalece com o caráter inovador e ético assumido pelas atividades realizadas. Dessa forma, considera-se que o trabalho desenvolvido foi capaz de oportunizar experiências educativas produtivas e prazerosas no âmbito da formação universitária e em outros níveis de ensino, especialmente as que se deram durante o ensino remoto emergencial.

Acredita-se, ainda, que o suporte oferecido à comunidade acadêmica contribuiu no sentido de impulsar o desenvolvimento de competências digitais necessárias não apenas ao manejo de tecnologias em processos educativos mediados pelas TDIC no ensino remoto, mas que as aprendizagens possam se estender à presencialidade. Nesse aspecto, salienta-se que à parte das ações de extensão nas universidades públicas brasileiras, é fundamental a criação e implementação de políticas públicas sólidas, eficientes e eficazes que garantam a inclusão digital para o uso das tecnologias, especialmente, no iminente contexto pós-pandêmico, em que se abrem novas possibilidades para uso das TDIC em diferentes atividades humanas.

REFERENCIAS

Bauman, Z. (2013). Liquid love: On the frailty of human bonds. John Wiley & Sons.

Brasil.(1996) Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 23 de dezembro de 1996.<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>.

Castells, M. (1999). La era de la información: economía, sociedad y cultura (Vol. 1). Ciudad de México, México: Siglo XXI.

Coll, C. (2013). La educación formal en la nueva ecología del aprendizaje: tendencias, retos y agenda de investigación. Aprendizaje y educación en la sociedad digital, 156-170. doi: 10.1344/106.000002060.

Coll, C., & Falsafi, L. (2010). Learner identity. An educational and analytical tool La identidad de aprendiz. Una herramienta educativa y analítica. Revista de Educación, 353, 211-233. <http://www.revistaeducacion.educacion.es/re353/re353_08.pdf>.

Costa, S. R. S., Duqueviz, B. C., & Pedroza, R. L. S. (2015). Tecnologias Digitais como instrumentos mediadores da aprendizagem dos nativos digitais. Psicologia Escolar e Educacional, 19(3), 603-610.doi:<https://doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0193912>.

Garud, R., & Rappa, M. A. (1994). A socio-cognitive model of technology evolution: The case of cochlear implants. Organization science, 5(3), 344-362. <https://doi.org/10.1287/orsc.5.3.344>.

Hakkarainen, K. (2009). A knowledge-practice perspective on technology-mediated learning. International Journal of Computer-Supported Collaborative Learning, 4(2), 213-231.<https://link.springer.com/article/10.1007/s11412-009-9064-x>.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO. (2021). Educação: da interrupção à recuperação. <https://pt.unesco.org/covid19/educationresponse>.

 


 

[1] En caso de tener un único autor, no se usan los números con superíndices. Si hay dos autores o más de distintas instituciones, se coloca cada nombre en un renglón distinto con las características especificadas. Además, al final de cada nombre se colocará un número en superíndice para identificar la institución, departamento o facultad respectiva de cada autor.

Conectando e compartilhando cidadania digital no contexto brasileiro

Datos Generales
Colaboración, entornos y conocimiento mediados por tecnología
Reporte de práctica
Licenciamiento Creative Commons
Atribución-CompartirIgual
Comunicación

Brunno Ewerton de Magalhães Lima[1]

Victor Henrique Visocki2

Guilherme Alves da Silva3

Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar)1

Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Paraná (UFPR)2

SaferNet Brasil, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)3

 

¿CUÁLES SON LOS ANTECEDENTES?

Uma das consequências diretas da pandemia de COVID-19 foi a necessidade de ensino emergencial remoto mediado por Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Isso provocou um agravamento de desigualdades no campo educacional, na medida em que o acesso à Internet e/ou dispositivos se tornou pré-requisito para atividades escolares. Países nos quais historicamente há déficit em políticas públicas de fomento à inclusão digital foram os mais afetados por tal problemática (UNESCO, 2020) - grupo no qual se inclui o Brasil. No país, uma média de 28% dos domicílios não conta com acesso à Internet, taxa que aumenta para 50% em residências pertencentes a famílias de classes econômicas desfavorecidas. Contudo, 89% de crianças e adolescentes ainda acessam serviços através de plataformas digitais (Cetic.br, 2019). Esse contraste sinaliza um possível desamparo por parte de populações em faixas etárias jovens quanto à convivência em ambientes digitais, suscetíveis a riscos quanto à segurança, violência e saúde psicológica nesses espaços (Tono, 2017).

Uma intervenção à situação-problema citada acima foi possível através de medidas construídas com base em pressupostos teóricos que consideram a Internet como um espaço cívico (Agência Brasil, 2018) e a educação como inerentemente integrada à maneira pela qual indivíduos tomam decisões ao criar, interpretar e compartilhar produtos midiáticos (Ferrari, Ochs & Machado, 2020). A partir dessa necessidade social e raciocínio, foi idealizada pela parceria entre a ONG brasileira SaferNet Brasil e o conglomerado multinacional Facebook, a primeira edição do Programa Cidadão Digital.

 

¿QUÉ HIZO?

O objetivo da primeira edição do Programa Cidadão Digital consistiu em sensibilizar e capacitar 30 mil jovens estudantes da rede pública de ensino do Brasil quanto a um uso crítico das TICs como uma medida de fomento e preservação de Direitos Humanos em ambientes digitais. Tal objetivo e meta foram alcançados através de mediações educativas (videoaulas, workshops, gincanas, jogos, campanhas, diálogos interativos) contendo linguagens, práticas e materiais coerentes com as faixas etárias consideradas pelo programa. Para formular e conduzir tais mediações, organizou-se um processo seletivo e formação especializada em cidadania digital para a capacitação de 15 embaixadores jovens (entre 18 e 25 anos de idade), representando todas as cinco regiões geográficas do Brasil.

 

¿CON QUIÉN LO HIZO?

O público-alvo das mediações consistiu em adolescentes e jovens na faixa etária de 13 a 17 anos. No entanto, necessidades e demandas sociais permitiram a realização de eventos para educadores, familiares de alunos e públicos gerais, esses últimos alcançados através de transmissões por redes de televisão, rádio e Internet.

 

¿CÓMO LO HIZO?

Por conta do cancelamento das atividades presenciais de educação básica no país (Brasil, 2020), as mediações do programa Cidadão Digital foram planejadas para modalidades remotas. Houve uma curadoria de materiais temáticos e consulta a arcabouços teóricos (Nejm, 2011; 2012; 2016) sobre os temas Privacidade e Reputação, Relacionamentos saudáveis, Saúde Mental e Educação Midiática para, então, a formulação de diferentes atividades síncronas e assíncronas. Após a formulação das atividades, houve o contato e firmamento de parcerias com instituições escolares e pedagógicas para a inserção de espaços dedicados ao programa Cidadão Digital em suas grades horárias e atividades, complementando temas já abordados em ensino regular e atendendo à Base Nacional Comum Curricular do país (Brasil, Lei nº 9.394/1996).

 

¿DÓNDE LO HIZO?

O programa teve cobertura nacional através de plataformas e recursos remotos, com atividades realizadas em 19 das 27 unidades federativas do país e em 67 municípios diferentes. Para acessar a localidade dos participantes, utilizou-se recursos e plataformas de envio e recebimento de mensagens de texto e multimídia, bem como aplicativos de videoconferência.

 

¿QUÉ OBTUVO?

O objetivo e metas do programa - sensibilizar e capacitar 30 mil jovens estudantes da rede pública de ensino do Brasil - foram atingidos e superados completamente entre agosto e dezembro de 2020. As 15 pessoas embaixadoras impactaram mais de 97 mil estudantes, mais de 61 mil educadores e, por fim, mais de 161 mil indivíduos de comunidades escolares e gerais, através de 660 atividades e criação de 457 materiais e conteúdos educativos, como imagens; apresentações multimídia; playlists de músicas; vídeos; infográficos e, por fim; jogos e dinâmicas. Das 10405 avaliações recebidas, 62,8% dos participantes opinaram como excelente as atividades que participaram, enquanto 66,0% opinaram como excelente as aprendizagens desenvolvidas pelo programa (SaferNet Brasil, 2021).

 

¿QUÉ VENTAJAS ENCONTRÓ?

Mesmo previamente à pandemia de COVID-19, eram limitadas as intervenções educativas com o objetivo de sensibilizar e conscientizar sobre a Internet como um espaço cívico e sujeito ao fomento e preservação dos Direitos Humanos (Cetic.br, 2018). Era comum, ao decorrer da execução das mediações que impactaram mais de 97 mil estudantes, manifestações de surpresa de educadores e jovens quanto ao teor inédito dos temas elencados nas atividades. Diante desse contexto, objetivo e meta, conclui-se que a proposta e condução do Programa Cidadão Digital foi exitosa e transformadora, destacando-se resultados numericamente expressivos, mesmo diante das dificuldades e limitações à coordenação de um projeto piloto com cobertura nacional em um contexto pandêmico.

A contribuição ao contexto brasileiro proporcionado pelas mediações foi diversificada, a começar pelo próprio aprimoramento pessoal e profissional das pessoas embaixadoras. Em curto, médio e longo prazo, iniciativas como essa podem provocar um efeito multiplicador ao capacitarem indivíduos a serem agentes em cada uma de suas regiões de atuação, intervindo em prol de ações educativas e políticas públicas que assegurem a importância da criticidade quanto à Internet, Cidadania e Direitos Humanos.

Como um segundo destaque, o Programa Cidadão Digital contribuiu para um senso comum de conhecimento no qual há a consideração da Internet como um espaço imprescindível ao exercício cívico. Nessa visão, os usos e aplicações das TICs devem estar alinhados a uma garantia de direitos e deveres, estimulando a criação de oportunidades que visem a diminuição de desigualdade social e promovendo orientações que previnam riscos e danos na inclusão digital em sociedades contemporâneas.

 

REFERÊNCIAS

Direitos Humanos devem ser respeitados na Internet, diz ONU. <https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-07/direitos-humanos-devem-ser-respeitados-na-internet-diz-onu>

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>.

Educação e Saúde. Ministério da Educação, Governo Federal. Brasília, Brasil : MEC.  <http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=86791>.

TIC Educação - 2018. Brasília, Brasil: Nic.br.
< https://cetic.br/pesquisa/educacao/indicadores/>

TIC Kids Online Brasil - 2019. Brasília, Brasil: Nic.br.<https://www.cetic.br/pt/tics/kidsonline/2019/criancas/A1C/>

Guia da Educação Midiática. Instituto Palavra Aberta.

Desafios da educação para promoção do uso ético e seguro da Internet no Brasil. In A. F., Barbosa (Coord.), Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação no Brasil: TIC Educação 2010 (p. 35-41). Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Potencialidades e limites das tecnologias na promoção dos direitos humanos de crianças e adolescentes. In: J. C., Ribeiro et al., Midias sociais: saberes e representações (p. 249-269). EDUFBA.

Exposição de si e gerenciamento da privacidade de adolescentes nos contextos digitais. Tese de doutorado Universidade Federal da Bahia. <https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/20994/1/Tese_Rodrigo%20Nejm_RI.pdf>

Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura [UNESCO]. (2020). COVID-19 Respuesta. Paris, France : UNESCO. <https://es.unesco.org/covid19>

Cidadão Digital - Dashboard de indicadores.
<https://www.safernet.org.br/cidadao-digital/dashboard/>

Tecnologia e dignidade humana: Mecanismos de proteção das crianças e adolescentes na era digital. Juruá Editoral

Inclusão tecnológica em uma universidade pública brasileira no contexto da COVID-19

Datos Generales
Políticas institucionales para el uso de la tecnología educativa
Reporte de investigación
Licenciamiento Creative Commons
Atribución-NoComercial-CompartirIgual
Comunicación

 

Brunno Ewerton de Magalhães Lima[1]

Dinara das Graças Carvalho Costa 2

Monalisa Pontes Xavier 3

Carla Fernanda de Lima 4

Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) 1

Mestra em Psicologia Social, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) 2

Departamento de Psicologia, UFDPar 3

Departamento de Psicologia, UFDPar 4

 

 

INTRODUCCIÓN

No Brasil, o primeiro caso de contaminação pela SARS-CoV-2 (COVID-19) foi oficialmente confirmado em 26 de Fevereiro de 2020, na cidade de São Paulo, mais de um ano depois o país já contabilizou em torno de 11 milhões de casos e 265 mil óbitos, tendo uma das maiores taxas de contaminação e mortalidade do planeta (WHO, 2020). Por meio disso, o Ministério da Educação (MEC), seguindo as recomendações de distanciamento social da World Health Organization (WHO), suspende no ano de 2020 as atividades de ensino presencial, para ações educacionais remotas mediadas pelas tecnologias (WHO, 2020; Brasil, 2020).

Em vista disto, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), cerca de 91% da população estudantil do mundo está sendo impactada pela pandemia na sua rotina educacional (UNESCO, 2020). Mediante exposto, a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), criou a comissão para organização de ações de enfrentamento a COVID-19: o Comitê Gestor de Crise (CGD).

Deste modo, a presente pesquisa objetivou compreender as políticas institucionais desenvolvidas visando a oferta do ensino remoto emergencial no contexto da COVID-19 no âmbito da UFDPar. Assim, o estudo investigou os processos de identificação pela instituição das demandas de acesso e utilização da comunidade acadêmica para uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

 

MÉTODO

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Brasileiro (CEP) CAAE: 31196920.4.0000.5214 e desenhou-se uma pesquisa não experimental de caráter exploratório descritivo com uma amostragem não probabilística. A pesquisa contou com onze participantes em que foi utilizado o processo de coleta de dados bola de neve (também conhecida como Snowball) – que é uma técnica de pesquisa qualitativa não probabilística na qual um participante indica novos sujeitos (Baldin & Munhoz, 2011).

Os participantes do estudo responderam a um questionário sóciodemográfico para caracterização do perfil, sendo a amostra composta por dez docentes da UFDPar e um técnico da instituição; nove auto intitularam-se do gênero feminino e dois masculino. Deste modo, foi realizada uma entrevista semiestruturada composta por seis perguntas que versavam sobre a reorganização da instituição frente ao contexto de pandemia, o processo de identificação das demandas de acesso às TICs no contexto de pandemia por parte da instituição e o desenvolvimento dessas ações.

Apresentou-se os riscos e benefícios em participar do estudo, após concordância, apresentou-se o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), o questionário sóciodemográfico e a entrevista semiestruturada, todas as ações foram feitas por meio online. A coleta de dados foi realizada via dispositivos de comunicação à distância, visto a necessidade de isolamento social no contexto de pandemia. A análise dos dados foi feita através da Análise interpretativa, que consiste em um tensionamento teórico das falas dos entrevistados para produzir interpretações possíveis sobre a realidade estudada a partir das falas dos entrevistados (Gibbs, 2009).

 

RESULTADOS

Os resultados obtidos agrupam-se em três eixos, a saber: Eixo 01: Dificuldades de inclusão as TICs; Eixo 02:  Formação para manuseio das tecnologías; e Eixo 03: Contexto da pandemia da COVID-19; por limitação de espaço optou-se por apresentar brevemente e de maneira geral. No Eixo 01 o participante 1 afirma que o CGD realizou junto à comunidade acadêmica pesquisas sobre acesso as TICs, perfil socioeconômico e situação emocional. Logo, utilizando os resultados para desenvolver o retorno de aulas na modalidade remota de ensino e pautar políticas de auxílio para estudantes de baixa renda, por meio de editais com bolsas de suporte para planos pré-pagos de dados móveis, como segue:

“Nós temos uma complexidade muito grande, porque nossos estudantes são estudantes pobres. Na sua maioria são estudantes que o acesso à tecnologia, à internet, é restrito, a maioria tem acesso à internet aqui mesmo na universidade. Então fica complicado a universidade, nesse primeiro momento, se adaptar a ter essas aulas não presenciais”.

P1 reconhece que tal dificuldade de acesso não é algo fácil de  resolver-se à curto prazo, por inúmeras vulnerabilidades econômicas de estudantes. Já no Eixo 02 transpareceu as limitações no âmbito da formação no uso das TICs, segundo pesquisa da CGD, junto aos docentes, como relata o P1: “Todo mundo está bastante convencido de que, apesar de toda a tecnologia, fazer alguma modalidade de ensino à distância. vai ser um gargalo para a universidade, não é tão simples essa adaptação”. Entretanto, nas entrevistas foi levantado que a universidade conta com projetos e ações de capacitação em relação ao manuseio das TICs com sentido educativo para a comunidade acadêmica.

Por fim, no Eixo 03 apresentaram-se questões emocionais relativas a insegurança da volta as aulas presenciais enquanto perdurar a pandemia de COVID-19 no país, como retrata o P1: “A universidade não tem um caminho ainda de forma a não manter essas aglomerações por enquanto. No momento só temos à esperar”.  Logo, os docentes entrevistados elucidaram que a falta do convivio e da dinâmica de sala de aula fazem falta, sendo o ambiente virtual muitas vezes pautado nas poucas interações – nada motivador.  Soma-se a isto um movimento por parte de discentes para volta de estágios profissionais presenciais, algo que para os docentes ouvidos, traz insegurança no momento em que o país tem níveis de infecção e mortes pela COVID-19 muito altos.

 

CONCLUSIÓN 

O presente estudo visou comprender como a UFDPar tem produzido ações de inclusão digital, considerando a emergência sanitária da COVID-19. A alta desigualdade social no país demandam investimento financeiro para políticas de incluso digital, no caso da UFPar estão sendo mantidas com a verba de custeio próprio da universidade, o que figura como um desafio na expansão para discentes.

Logo, conclui-se assim, que a instituição, mesmo diante dos desafios impostos, tem feito parcerias com outras instituições públicas brasileiras e internacionais. Contudo, perante as demandas e exclusões de ensino neste momento é importante que haja maiores estudos e trocas de conhecimentos para pautar políticas sólidas de educação e inclusão na pandemia da COVID-19. Portanto, espera-se que as ações realizadas pela universidade possam servir de modelo para outras instituições de ensino superior público no Brasil.

 

REFERENCIAS

Comitê de emergência do MEC define primeiras ações contra o coronavírus. Brasília : Distrito Federal.<http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/33381-notas-oficiais/86341-comite-de-emergencia-do-mec-define-primeiras-acoes-contra-o-coronavirus>

Snowball (bola de neve): uma técnica metodológica para pesquisa em educação ambiental comunitária. In Congresso Nacional de Educação (Vol. 10, pp. 329-341).

Análise de dados qualitativos: coleção pesquisa qualitativa. Bookman Editora.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO. (2020a). Education: From disruption to recovery. Paris : França. <https://en.unesco.org/covid19/educationresponse>

World Health Organization - WHO. (2020). WHO Coronavirus Disease (COVID-19) Dashboard.  <https://covid19.who.int/>

Aprendiendo a aprender con tecnologías en la nueva ecología del aprendizaje

Rafaela Oliveira dos Santos,Marcilene Araújo Dias,Brunno Ewerton de Magalhães Lima,Reinaldo Leandro Gomes de Aquino,Darwin Andrés Díaz Gómez,Algeless Milka Pereira Meireles da Silva (2020) Aprendiendo a aprender con tecnologías en la nueva ecología del aprendizaje. En: Segundo Encuentro En Línea CHAT: Ciudadanía y mediación digital. Resumen de congreso. Recuperado de: https://elchat2.edusol.info/elchat/envio-de-comunicacion/aprendiendo-aprender-con

Tipo de resumen*
Reporte de práctica
Idioma*
Esp